"Trabalhemos ao menos, nós os novos, por perturbar as almas, por desorientar os espíritos. Cultivemos em nós próprios a desintegração mental como uma flor de preço. Construamos uma anarquia. Escrupulizemos no doentio e no dissolvente. E a nossa missão, a par de ser a mais civilizada e a mais moderna, será também a mais moral e a mais patriótica." Fernando Pessoa
sábado, 5 de fevereiro de 2011
Aprendizagem
Tão propenso anda o homem a se dedicar ao que há de mais vulgar, com tanta facilidade se lhe embotam o espirito e os sentidos para as impressões do belo e do perfeito, que por todos os meios deveríamos conservar em todos nós essa faculdade de sentir.
Pois não há quem possa passar completamente sem um prazer como esse, e só a falta de costume de desfrutar algo de bom é a causa de muitos homens encontrarem prazer no frívolo e no insulto, contanto que seja novo.
Deveríamos diariamente ouvir ao menos uma pequena canção, ler um belo poema, admirar um quadro magnífico e, se possível, pronunciar algumas palavras sensatas.
Goethe em "Os anos de aprendizado de Wilhelm Meiter" citado por Ricardo Antunes em "O caracol e sua concha"
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